Um livro é… um amigo, que nos acompanha para todo o lado e ao longo de uma vida.
Desde muito cedo, quando ainda não sabemos ler e escrever, é ele que nos mostra o mundo que nos rodeia e nos ensina a sonhar, com os desenhos e as imagens contidas nas suas páginas.
Com ele aprendemos a arte da vida, a ele desvendamos os nossos medos, os nossos segredos, com a certeza de nunca nos trair.
Um livro não se queixa, tudo suporta! Quando o riscamos, mutilamos, ignoramos… arma de arremesso ou postado numa prateleira, fino objecto de adorno.
A história do Livro confunde-se com a história do Homem.
Na pré-história o livro era a pedra e a argila, suportes utilizados pelo homem para satisfazer a profunda necessidade de registar o momento ou o sonho.
Com os egípcios, veio o papiro (papirus) – parte de uma planta livre (liber), que em português veio dar livro.
Com a necessidade de utilizar um material mais resistente e durável, o papiro foi substituído pelo pergaminho (couro ou pele de animal). Esta nova técnica recebeu o nome da cidade onde foi inventada: Pergamo, na Ásia Menor.
Os gregos inventaram o CODEX (compilação de leis) mas são os Romanos que passaram a utilizar o livro com o mesmo sentido dos nossos dias (objecto de lazer).
Na Idade Média, com a expansão do cristianismo, o livro ganhou um cariz religioso e didáctico, no qual os monges copistas tiveram um papel importantíssimo na preservação e transmissão dos conhecimentos clássicos. Foi na “Idade das Trevas”que o livro evoluiu: aparecem as margens, as páginas em branco, o uso de letras maiúsculas, o índice e o resumo. O papel (invenção chinesa) substituiu o pergaminho e o livro ganha cor.
Na Idade Moderna o latim deixou de ser língua oficial, mas a grande revolução aconteceu com invenção da impressora, por Gutenberg (1455) que permitiu a transformação do livro num objecto popular e universal.
Em Portugal, a imprensa foi introduzida no reinado de D. João II. O primeiro livro impresso intitula-se PENTATEUCO (escrito ainda em hebraico), no entanto, o primeiro livro em português chama-se SACRAMENTAL de Clemente Vercial (1489).
É já na Idade Contemporânea, que aliado à grande divulgação deste instrumento de comunicação, nasceram novos géneros literários: o romance, a novela, o almanaque…
Hoje, o livro na sua forma tradicional concorre com novos suportes: o livro digital e o áudio livro. Ultimamente muito se tem debatido o futuro do livro, as preocupações ambientais poderão a breve prazo transformá-lo num objecto raro, de museu, apenas acessível a bibliógrafos. No entanto, seja qual for o seu suporte, o LIVRO continuará a ser sempre O NOSSO MELHOR AMIGO.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
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